Dica de segurança: ganhou na Mega?

sexta-feira, outubro 15, 2010 Clovisnáilton

Ótima a reportagem do portal Terra sobre a Mega-Sena, ou melhor, o que fazer o feliz ganhador quando ganhar na Mega. Vou colar aqui para você ver, tá?




Ganhou na Mega-Sena? Seja Discreto e confira dicas de segurança
06 de junho de 2010  10h48  atualizado às 11h14


legenda. Foto: Futura Press
De posse do bilhete premiado, o novo milionário deve ser discreto
Foto: Futura Press
Você teve o momento de maior sorte na vida de qualquer pessoa: ganhou milhões de reais acertando as seis dezenas da Mega-Sena. A maioria das pessoas que se imagina nessa situação pensa em soltar foguetes, comprar uma mansão, uma Ferrari. Fazer, enfim, tudo o que sempre quis e agora tem condições de realizar. No entanto, especialistas ouvidos pelo Terra foram unânimes: você deve ficar quieto, pensar no que a realização de cada sonho acarreta e é desejável até que saia do Brasil - se não para sempre, pelo menos por um tempo.
O popular estilo mineiro de ser é a maneira mais adequada de lidar com a fortuna instantânea, de acordo com profissionais de segurança pessoal consultados pela reportagem. "Quanto mais discrição na sua atitude, mais sucesso tende a ter em relação à segurança do seu patrimônio e até da sua pessoa", disse o diretor do sindicato das empresas paulistas de segurança privada (Sesvesp), Marco Suhai.
O consultor de segurança Leandro Longhi, diretor da Squadra Inteligência em Segurança, também aponta como principal medida a discrição. De acordo com ele, o mais novo milionário não pode ostentar a nova posição social até decidir como e quando fará a mudança no estilo de vida.
Diretor operacional da empresa de segurança Rudder, o coronel Murilo Batista França concorda que não pode haver uma mudança muito notável na rotina da pessoa depois de descobrir que ganhou a bolada. Para ele, o novo milionário não deveria abandonar de pronto o emprego, por exemplo.
Um aspecto cruel da nova vida de quem ganha um prêmio destes é que a cobiça despertada foge dos limites da racionalidade. O inimigo pode estar até mesmo dentro de casa. França é radical e defende, no início, silêncio até mesmo com o cônjuge.
"Se eu quero manter um segredo, não posso nem pensar nele até retomar o fôlego. No momento inicial, nem para a mulher ou para o marido dá para contar de forma a administrar melhor o processo", disse.
Pessoas da família conhecem muito melhor os hábitos do novo milionário e muitas vezes estão acima de qualquer suspeita. "É muito comum que algum familiar se sinta um pouco dono do que o parente ganhou. Se o ganhador do prêmio pressente isso de alguma forma, deve se afastar, manter relações apenas com pessoas da mais perfeita confiança", afirmou Suhai.
Outra solução radical para o problema de privacidade: sumir do mundo. Para o especialista, esta seria uma boa forma de garantir uma vida segura após ganhar a alta quantia. "Viajar não deixa de ser uma opção para se planejar com mais calma e tranquilidade. Morar em outro país vai resolver os problemas direto na raiz", disse Suhai.
De acordo com o especialista, algumas vezes a opção é de mudar de vida e permanecer no mesmo bairro em que nasceu. Mas ele adverte que pode ser preciso romper com as origens para mudar de padrão de vida. "Não é possível montar um castelo no lugar em que você nasceu se se trata de um bairro periférico. Infelizmente não dá para circular com uma Ferrari em qualquer lugar da sua cidade natal. É preciso atentar para isso", disse.
Outra dica para o novo rico é evitar ter uma rotina previsível. O melhor é não ter hora certa para chegar ou sair de casa ou ir ao banco, por exemplo. Além disso, também terá de se preocupar com a escolha do carro, algo que não chame muito a atenção. "Este tipo de prêmio mexe com a cabeça da pessoa. É preciso cuidado com o sonho que você tem. Quando você tem um sonho financeiro, às vezes você não olha a consequência. O que vem com isso, qual a obrigação que traz? Um prêmio de milhões mexe com a mente numa proporção absurda", disse Suhai.
Com reportagem de Fabiana Leal, Hermano Freitas e Thaís Sabino.


Este lance de nem falar com o cônjuge que é legal. Imagina você, homem, jogador e propenso à um dia se tornar um milionário, certo dia, descobre que ganhou na Mega-Sena super-acumulada. Aí você, que tá lendo esta reportagem, decide seguir os conselhos e fica de boca fechada. Vai ao banco, aplica na poupança e trás para casa alguns mil reais (porque, venhamos e convenhamos, ter dinheiro na conta e ainda dever ou suar para pagar uma prestação é sofrer duas vezes). Aí começa as cervejas no bar, o cara começa à suar por qualquer coisa, começa a mudar o comportamento e, de repente, toma uma dura da esposa: "você tá com outra!". E é afirmando mesmo! Homem quando muda a "relação", ou tá preocupado com o emprego (perder o emprego) ou tem mulher na rodada. Mas no caso é DINHEIRO, muito, na rodada. Não vai ter jeito até abrir o jogo e pedir para a esposa não "dar bandeira". Alguns poucos conseguirão.

Com relação à mudar de país, concordo também, mas em termos. O Brasil é grande demais, dá pra sumir em Mato Grosso, por exemplo. Eu, no dia que ganhar, posso até pensar em passar alguns meses na Argentina ou outro país do Mercosul (que não tenha conflito armado, porque trocar os bandidos do Rio de Janeiro pelos caras malvados da FARC é trocar 6 por meia dúzia) até assentar o pensamento. Tá, em termos de tranquilidade MEEEESMO, dá para optar por Bruxelas ou quem sabe Londres. Alguns dias percorrendo a Europa, sem destino, também não é de tudo ruim.

Mas uma coisa eu concordo plenamente: não vai dar para montar minha casa dos sonhos na Vila onde nasci. Todo mundo, na primeira mão, vai desconfiar. Imagina alguém, de repente, comprando a casa do vizinho, a outra, outra até dar um lotão da porra. Aí, passados alguns meses, máquinas e engenheiros construindo um palacete, bem no meio da Vila (que todo mundo sabe que é bem humilde). Aí, depois de construir esta "afronta", eu apareço lá para morar na mansão! É pedir uma pessoa todo santo dia na porta, me pedindo dinheiro. E se não dou, sou ruim, sou um péssimo amigo, sou da porra e etc. Negócio é virar a cara para a pobraiada mesmo, mandar eles todos se fuderem. Enricou, acabou amizade com pobre! Com o carro é a mesma coisa, sem tirar nem pôr. Como andar com uma Ferrari na Vila? Vão riscar ela com prego, no segundo que eu parar o carro para tomar uma Schin no boteco da Véia Lidú. Povo invissuneiro. 

Aproveitando o assunto, uma vez eu li um artigo, nestas páginas da internet que tentam colocar na cabeça do povo que EXISTE UM MÉTODO para ganhar na loteria, que um caboclo conseguiu acertar 6 números e pegou uma bolada. Ele foi frio, muito frio. Aplicou a grana e ficou na moita. Trabalhou normalmente enquanto a cidade toda procurava o mais novo milionário da cidade. Depois de um tempo, ele contou para a esposa que ele tinha ganho a grana. Pediu segredo da esposa, que concordou em ficar de boca fechada. Passado mais alguns dias ou semanas, ele começou a contar para seus amigos e colegas de trabalho que havia conseguido um emprego em outra cidade e que iria mudar. Pediu para a empresa que o mandasse embora, para pegar os direitos trabalhistas todos (FGTS + 40%) e, como era um cara muito querido e prestativo, conseguiu o que queria. A esposa também saiu do trabalho, alegando que tinha que ir para outra cidade (até o momento, ninguém falou que cidade) acompanhar o marido e que, quando instalada, iria procurar novo emprego. Quando toda a encenação se encaixou, foram curtir, afinal, a grana. Viajaram muito, gastaram bastante, aproveitaram que a filha era novinha (se não me falha a memória, estava no módulo infantil na escola) e ficaram semanas, meses nesta vida boa. Aí, quando finalmente se cansaram, instalaram numa determinada cidade. Não queriam mostrar que tinham dinheiro e se instalaram num bairro de classe média. Aí o pessoal começou a desconfiar, já que o cara não tinha horário para trabalhar (tipo assim, todo mundo que trabalha, sai de casa às 07:00 horas e volta às 19:00 horas, por exemplo) e tinha um carrão importado, último tipo, na garagem. "Opa" - pensou ele - "estou dando bandeira". Mudaram de apartamento e compraram outro, em outro bairro da mesma classe social. Trocou o carro importado por um "bom carro nacional", estes que qualquer um bem sucedido pode ter (pagando o carnê e comendo coxinha no almoço) e arrumou um emprego. Sério... ele arrumou um emprego! A esposa ficou tomando conta da filha, levando-a para um dos melhores colégios da cidade e mantendo a linha! Neste relato que li, o cara tem os tubos de dinheiro em aplicações financeiras e vive uma vida modesta, sem despertar suspeitas. Como trabalha numa empresa - que imagino - seja bem conceituada e paga bem seus funcionários, ele tem uma boa desculpa para as viagens para o exterior, por exemplo. Ou seja, cada um tem que arrumar um modo de sobreviver com a grana da loteria.

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