Preço das coisas 2 (Guarapari)

quinta-feira, fevereiro 18, 2010 Clovisnáilton

CERVEJA.




A vida nas cidades litorâneas se dividem em alta estação e baixa estação.


Na baixa estação, geralmente naquelas épocas de frio, chuva ou os dois juntos, a vida econômica na beirola da praia é quase nula. Eu, uma vez, numa cidadezinha do interior do Rio de Janeiro, tive o desprazer de ficar uma semana na beira da praia com chuva e mais chuva. Das vezes que dava um pouquinho de sol, corríamos para beira da praia só para sentir aquele frio fudido nas canelas, para tomar uma cerveja no quiosque (protegido da fina garoa que quase nunca deixava de cair) ou para, simplesmente, não morrer de tédio dentro do apartamento.


Na alta estação, geralmente naquelas épocas de calor intenso, férias (janeiro e julho) ou os dois juntos, a vida dos nativos, das pessoas que tem imóveis para alugar e dos inúmeros ambulantes (de ostras à camarão, de queijo-quente à castanha-de-caju) vão de vento em popa. É a hora de tirar o pé da jaca, de fazer o pé de meia, de escalpelar o palhaço (que, geralmente, vem de fora). 


E, neste pensamento, levamos, o turista, uma ferrada fudida.


Olha o caso da cerveja. Aqui, na minha cidade, a cerveja mais vendida (Skol) sai ao preço de R$ 2,60 no lugar mais barato até R$ 3,30 num lugar mais luxuoso, um restaurante na zona sul, por exemplo. Lá na Praia do Morro, por exemplo, não dava para comprar uma cerveja. O lugar mais barato, o quiosque mais barato a cerveja estava R$ 3,50 (isso sem contar o 10% do garçon).


Na segunda-feira, dia 08/02/2010, estava eu na Praia do Morro, andando pela orla, quando resolvi parar um quiosque, que estava VAZIO, e tomar uma cerveja para aplacar a ira da secura na garganta. Pedi uma cerveja, fui prontamente atendido, entornei no copo e, depois (burro, burro, burro) disso tudo, perguntei quanto o tiozinho estava vendendo aquele líquido amarelo:


- R$ 4,50 a cerveja!!
- Quê?
- É, aqui a cerveja tá QUATRO REAIS E CINQUENTA CENTAVOS.
- Mas que absurdo! Lá na frente a cerveja tá R$ 3,50 e aqui, do lado, uns 2 quiosques, a cerva tá R$ 4,00!!!
- É, mas aqui o preço é este mesmo...


Com os 10% do fi-da-zunha, o tio me levou, numa sentada, R$ 4,50 + R$ 0,45 = R$ 4,95. Juro que na hora eu quase pedi os R$ 0,05 de troco?


Outra coisa: nos supermercados não se vende cerveja gelada. É quente ou quente. Nenhum freezer, nem nada. É para não DESEMPREGAR aquela cambada toda, só pode. 


Tudo bem, eu concordo que a pessoa deva ganhar honestamente seu dinheiro... mas cobrar o DOBRO do preço da cerveja, só porque estavam na semana que antecederia o carnaval é, no mínimo, um roubo.


Resultado: bebi pouco, gastei o rodo de dinheiro. E pra piorar, a cachaça do Espírito Santo é álcool puro, crendeuspai!

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