Minha churrasqueira nova, meus parentes folgados e o churrasco que não aconteceu.

segunda-feira, setembro 10, 2018 Clovisnáilton




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Só Deus sabe o sacrifício que fiz para comprar uma churrasqueira lá pra casa dos meus pais. Tinha a opção de comprar no cartão de crédito (que não tenho) ou juntar o dinheiro e comprar a vista. Optei pela segunda alternativa.

E só eu sei o quanto eu rezava para, quando duro, não usar do dinheirinho que guardava para este mimo. E não foram poucas vezes, foram muitas.

Mas valeu a pena. No final de agosto fui lá e comprei a churrasqueira, coloquei as notas quentinhas no balcão, assinei a nota fiscal e ficaram de me entregar antes do feriado agora. Na quinta de manhã, Dona Cotinha, minha mãe, me ligou falando que já haviam entregado.

Então, o que me restava era só aproveitar o feriadão e fazer aquele churrasco.

O Adão, o açougueiro aqui do Supermercado do Seu Barbosa (onde trabalho) me preparou uns bifes de contrafilé e separou duas picanhas com bastante gordura; linguiça, asinha de frango, lombo de porco e toucinho de barriga. Tudo pouca coisa, porque não iria chamar ninguém para casa, só eu mesmo, churrasquear o final de semana todo, sexta, sábado e domingo.

Comprei as carnes, coloquei a compra no Pelomenos (meu fusca) e fui para casa na quinta. Já podia fazer o churrasco, porque sexta era feriado...

Chegando em casa, a surpresa: a sobrinha da minha mãe, Laudeníldes, e seu filhinho catarrento, Josysclei estava lá, junto com o marido, o folgado do Rivardcleisson, e iriam passar o final de semana conosco. 

SABE O QUE É UM BANHO DE ÁGUA FRIA? 

Olha, não é por nada, nem mesquinharia não... mas tá para nascer gente mais folgada e mão-de-vaca do que esses dois. 

Eles moram numa cidade próxima e, desde que casaram, todos os finais de semana vão para casa de um dos muitos parentes que nós temos, filar a bóia na casa dos outros e não gastar nada. Não é a primeira vez que eles vem aqui em casa não, já conheço as peças já faz tempo.

Teve uma vez que eu estava lavando o Pelomenos, num sábado, e eles chegaram para passar o final de semana. Eu, como gosto de tomar uma cerveja, tinha comprado 2 caixas de lata e colocado na geladeira. O Rivardcleisson bebeu todas e, quando acabou e era preciso ir buscar mais, inventou uma dor de garganta para não colocar a mão no bolso. Já no domingo, antes do almoço, fui no bar da Véia Lidu e comprei 6 garrafas de Schin... e não é que ele bebeu também? Quando acabou, eu fiz questão de falar que iria comprar mais e pegar uma grana com ele, para ver a reação: disse que depois de almoçar não bebia mais.

De picardia, fui lá no bar, comprei mais 6 e adivinha? Claro... ele foi chegando de leve, pegou um copo e começou a tomar comigo de novo.

Nesse dia, eu falei pra mim mesmo: não pago mais cerveja para o Rivardcleisson nem fudendo.

E nessa quinta-feira foi o dia da minha provação, pra ver se eu tinha palavra mesmo. Eu parei o carro na garagem e o Rivardcleisson já chegou:

Rivardcleisson: E aí, Clovisnáilton, beleza?
Eu: Tranquilo, e vc? Como foi de viagem?
Rivardcleisson: Estrada boa, tranquilo... se bem que é pertinho, uns 200 km é pouco chão...
Eu: Verdade...
Rivardcleisson: Poxa, pensei que iria chegar aqui e te ver tomando uma cerveja...
Eu: Pois é, rapaz... não tem cerveja na geladeira, né?
Rivardcleisson: Nenhuma.
Eu: Pois é... temos que comprar, né?
Rivardcleisson: Compra lá e depois fala pra mim quanto eu tenho que te dar...
Eu: Ah, claro...
Rivardcleisson: Ei... e esse tanto de carne aí... churrasco?
Eu: Tudo do meu amigo, Tãozinho... trouxe de carro do açougue, fazendo um favor pro amigo...
Rivardcleisson: Ó... podia rolar um churrasco nesses dias, hein?
Eu: Não é?

Dei ré no Pelomenos, passei na casa do meu amigo Tãozinho e deixei as carnes na geladeira da casa dele. A cerveja da quinta, da sexta, do sábado e do domingo eu tomei lá no bar, logicamente sem o meu parente folgado. E teve uma vez, no sábado, que eu já estava na minha quarta garrafa quando ele chegou. Mas eu já tinha visto ele de longe e gritei para fechar a conta. Ele sentou na cadeira e quando a dona do bar chegou com a conta na mão, não deu nem tempo dele me filar um copo. 

Mas finalmente, no domingo à tarde eles foram embora. E hoje à noite vai rolar um churrasco lá em casa, com certeza.

Mão-de-vaca, eu? Nada... eu deixei de ser trouxa mesmo!!

Se fosse uma vez, duas... ou até mesmo se alternasse dois canos com uma vez onde ele pagasse a cerveja, dividisse a conta, até que dava... mas só o "venha à nós" é complicado demais. Agora, será que não tem dinheiro nunca? Cara, eu quando não tenho dinheiro para tomar uma, pego fiado no bar e pago depois; se tenho que sair e não tenho dinheiro, não saio ou opto em não beber, ou consumir somente o dinheiro que tenho; se vou para casa de algum amigo e não tenho grana, falo com ele que estou na pior e, na primeira oportunidade que tenho, retribuo a cervejada, seja numa conta de bar ou chamando o amigo para tomar uma cerveja na minha casa, tudo 0800. Agora só na safadeza, aí é complicado.

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