Tudo bem, viva a liberdade de expressão... mas cornetar o time que está em 1º lugar no campeonato? Ah não, temos que dar um voto de confiança, gente!

A gente sabe que tem defeitos, que precisamos de reforços, que esse ou aquele jogador no decorrer do campeonato não vai aguentar pelo aspecto físico e até mesmo técnico que necessita... mas, porra, estamos em primeiro lugar! Acho que não está na hora de cornetar...

Cara, me lembrei de um conto que minha avó me contava...

"... era uma vez um menino que gostava de desenhar. Esforçado, ficava horas praticando desenhos, desenhava paisagens, figuras, carros, desenhava e desenhava... mas seus desenhos não eram tão perfeitos assim. Certo dia, chegou em casa muito contente, pois na próxima semana haveria um concurso de desenhos na sua escola e ele iria participar. Estava eufórico, sonhava em levar o primeiro lugar na competição e passou a desenhar muito mais, praticando seu lindo dom. A professora, então, passou o tema dos desenhos, que era justamente desenhar seus pais. O menino, então, colocou seus pais numa poltrona e desenhou-os, com toda paciência, com toda sua técnica. Depois de duas horas, o menino apresentou seu desenho, todo feliz. Ficou "meia boca", como pensou o pai, e "Jesus, estou horrível", como pensara a mãe... mas para o menino, o desenho merecia o primeiro lugar. Os pais encorajaram o filho dizendo que estava no caminho certo, que nunca deveria desistir do seu sonho de ser desenhista, que tinham muito orgulho dele. No dia do concurso, entregou o seu desenho à professora. Uma banca de jurados escolheu o melhor desenho, com base nos pré requisitos exigidos pela escola. Todos aplaudiram o vencedor, que foi ovacionado pelos colegas, professores e todos ali presentes. Passados alguns anos, o menino que gostava de desenhar continuou a desenhar, fez faculdade de artes, pintou vários quadros que participaram de várias exposições. De tudo o que viveu, o que mais deu força ao menino foi o apoio dos pais, mesmo quando não alcançou o primeiro lugar... o maior ensinamento que aprendeu, mesmo triste e desesperançoso, foi que ele não pode desistir de lutar pelo seu sonho, e isso ele aprendeu direitinho."