Para sair da lama, é preciso sorte: aposte
No caminho para a lotérica, na hora do almoço, eu andava pensativo e contabilizando as moedas e a única nota que sobrou do pagamento. Andava à passos largos para fazer minha fezinha na Mega-Sena e na Lotofácil quando, num momento de autorreflexão, me questionei: "porque eu estou sempre jogando?"
Andei alguns passos e a pergunta me martelando: "porque jogo?" "porque insisto?" "porque aposto?"
A resposta eu tive lá na fila, aguardando os mais de 15 frequentadores da lotérica à minha frente, que pagavam contas e faziam seus jogos. Todos nós apostamos porque, diferentemente de quem nasceu em berço de ouro, temos a ousadia de sonhar com dias melhores. Nós imaginamos nossas vidas com um pouco mais de conforto, com um pouco mais de sossego. Lógico que dinheiro não é nada e dinheiro não trás felicidade, mas nós, pobres, contentamos com pouco a vida toda... porque não almejar uma coisa mais... rica no nosso futuro?
Fiz meus jogos para a semana, guardei na carteira e pus-me ao caminho de volta ao supermercado. São em torno de 15 quadras, que caminhei, desta vez, com passos que pareciam pisar em nuvens, em pensamentos bons e a certeza que a fé que temos um dia nos será mostrada, nos será revelada.
Fé! Esta é a palavra. A outra, sorte, vem depois... mas as duas caminham sempre juntas.
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