O preço da moral
Deram corda demais. Aliás, valorizaram demais o tal do Neymar. Deram moral - como dizem nas gírias - e o Santos ganhou o Paulistão/2010 e a Copa do Brasil, não antes de ter seu nome ovacionado por uma grande parte do nosso país, solicitando ao então técnico Dunga que o relacionasse, junto com outros "meninos da vila".
O cara é bom de bola, isso é inegável, e o cara se super-valorizou. Não só no sentido financeiro, mas no ego. Agora o garoto de 18 anos, estrela do futebol que mais chama atenção no mundo, era o dono da bola. Robinho saiu, o tal do Marquinhos foi para a Europa, Ganso machucou, o Fantástico fica de olho nele (e no Fiuk) para alavancar audiência, a mulherada na cola, apartamento de não sei quantos milhões e dinheiro à dar com o rodo. E isso numa mente de um garoto de 18 anos.
Começaram as cobranças. Caçam o coitado em campo. O pau come, literalmente. O jovem prodígio bate boca com policiais cearenses, com Deus e o mundo e o que acontece? Mais notícias nos jornais e programas esportivos são voltados exclusivamente para o atacante santista. Mais pressão! E mais panos quentes.
Até que, um belo dia, a insubordinação apareceu (ou reapareceu) bem no meio de um jogo, onde o técnico, exercendo sua "liderança" e precisando dos 3 pontos advindo daquele embate, falou para outro jogador bater o pênalti. De lá para cá, gancho, mais bate-boca, mais notícias na televisão e, agora, a demissão do técnico Dorival Júnior, por descumprir ordens da diretoria santista.
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| - Foi mals, fêssor! |
Brincadeiras no twitter, mais notícias nos meios de comunicação e a certeza que o time da baixada está em crise. Mesmo ganhando o Paulistão e a Copa do Brasil, mesmo estando em boa situação no Brasileirão (está em sexto lugar), este time se encontra sem rumo. Pior agora, sem (o ótimo) técnico, e com a certeza de quem manda naquela instituição é um garoto de 18 anos... ou a grana que ele vale.
Este é o preço da moral. Infelizmente.
Quem tem, tem, né Dorival?
PS.: Dorival, treina o Galo, por favor!!!
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