É no ônibus?

quarta-feira, maio 26, 2010 Clovisnáilton

Véi, te falar uma coisa: nada mais fudido que ônibus em horário do rush com uma leve indisposição estomacal.


Foi comigo não, mas foi... próximo! Ontem, terça-feira bravíssima, por volta das 19:00 horas, finalmente peguei a lotação. Lá fora o mundaréu de gente se aglomerando para se espremer dentro daquele espaço reduzido; lá dentro, eu, que fiquei 'boneco' e entrei logo para ir sentado. Era uma coisa assim, normal (a gente se acostuma de ver a cena todo dia e acha isso normal) para uma terça-feira. Gente saindo pelo ladrão, como diria meu avó.


E encheu! Mas encheu para caramba.


Umas duas cadeiras atrás de mim, duas senhoras. Na hora, sabe, pensei que tava rolando alguma coisa estranha com as duas. Não dei muita bola, olhei pela janela o mundo passando lentamente (no congestionamento) e liguei meu MP3, para ouvir um bom e velho rock dos anos 70.


Foi quando passou uma mocinha, aparentando uns 20 aninhos, totalmente desesperada, indo em sentido contrário à rapaziada (que passa da roleta e segue para a porta traseira do ônibus). Aquilo me chamou a atenção: "uátafóquistis esta moça tá andando pra trás?". Reparei na feição dela e, naquele rosto, a verdadeira face da ojerizah, do nojo. É... tinha alguma coisa acontecendo naquele balaio.


Aí começou o 'olha-lá', o 'palavriado-solto', o 'zum-zum-zum'. Uma das duas donas que estavam ligeiramente atrás de mim, sentadas, havia CHAMADO O JUUUUUCAAAAA! Sim, meus leitores... uma das duas havia vomitado no ônibus... e já estava escorrendo.
Ônibus sujo

No momento que ele fazia a curva, o troço movimentava. O líquido espalhou-se por todo o chão, lambrecando tudo o quanto era possível. O cheiro de queijo, o azedume... as duas haviam tomado algum gólo nos botecos do centro, tomado o ônibus, chacoalhado bastante e o resultado tava lá, para a gente curtir: um vomitão digno dos mais nojentos, diga-se de passagem. E estávamos ainda na terça parte da viagem, minha gente.


Feliz era quem estava com o nariz entupido. Bateu uma maresia tão fudida, mas tão ardida no ônibus que, se tivesse ali alguém com estômago fraco, teria vomitado junto. 


Depois de muito sufoco, muito desespero, cheguei no meu ponto. Desci, rumei para casa e, como todo bom trabalhador braçal, bati um pratão na janta. E o que Dona Cotinha havia feito para a janta? Ora... sopa de abóbora!





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