Em nota, Mutran afirmou ter o hábito de jogar na loteria "muito antes de ser vereador" e que ganhou R$ 600 mil reais em maio de 2009. "Tive a sorte de (ter) em mãos o bilhete completo cujo o número saiu no 1° prêmio, equivalente a R$ 600 mil reais", diz.

Ele afirma, ainda, de que não vive "só da vereança". "Este vereador é empreendedor e dono de imóveis locados, sendo transparente em todas as informações", informou.

Quinze vereadores que tentarão se reeleger neste ano duplicaram seu patrimônio. Cinco deles declararam ganhos acima de R$ 1 milhão de 2008 pra cá. Em valores absolutos, o segundo maior aumento foi o de Claudio Fonseca (PPS). Ele possuía R$ 169 mil, e declarou seus bens em R$ 1 milhão para essas eleições.

Sandra Tadeu (DEM) afirmou não possuir bens em 2008. Já neste ano, afirmou ter R$ 1,7 milhão de patrimônio. O vereador do PR Aurélio Miguel também pulou de 1,7 milhão para R$ 2,4 milhões. Marco Aurélio Cunha (PSD) apresentou ganho de R$ 1,1 milhão em cima do que havia declarado em 2008 ao TSE: R$ 1,3 milhão.

Na contramão, alguns candidatos perderam dinheiro. Agnaldo Timóteo (PR) perdeu quase 500 mil nos últimos quatro anos. Sua fortuna estava estimada em R$ 1 milhão. Ao TSE, neste ano, o vereador declarou patrimônio 504 mil. Netinho de Paula, que até começo de junho era um dos pré-candidatos à prefeitura de São Paulo, tinha 1,3 milhão em 2008 e agora declarou R$ 238 mil de patrimônio.

Gilson Barreto (PSDB) passou de R$ 3 milhões para R$ 2,4. Milton Leite (DEM) afirmou que possui R$ 2,6, ante os 3,7 milhões declarados em 2008. Dalton Silvano do PV tinha R$ 1 milhão e passou para R$ 462 mil. Também do PV, Roberto Trípoli foi o que mais perdeu dinheiro, segundo os dados do TSE, de R$ 2 milhões passou a ter R$ 299 mil.