Não fui eu!

sexta-feira, abril 16, 2010 Clovisnáilton

Passei por um apuro ontem.


Acabou o almoço e eu peguei minha escova de dente, meu creme e fio dental e fui morcegar um tempo no banheiro. É um tempo que a gente fica, por conta da empresa, fazendo a limpeza bucal, já que eu bato ponto e depois vou fazer a faxina na boca.


Beleza, até aí tudo bem. O banheiro fica próximo ao escritório, que tem mas 6 pessoas que lá trabalham. Certo, beleza... escovando o dente e me deu vontade de mijar. Ainda com a escova na boca e espuma saindo pelo canto, abri a tampa do vaso e dei de cara com aquilo! Sim, aquilo mesmo que você está imaginando.


 Um bostão que não tinha tamanho. E pra piorar, a descarga deste banheiro é um inferno, gente. É daquelas que a gente aperta, aperta, aperta e a água sai devagarzinho, quase como uma tartaruga... e nada, absolutamente nada desce para o ralo. 


Me deu um nojo fudido daquilo, quase vomitei. Pensei em lavar a boca (tirar o creme dental) e rachar fora quando bateram na porta!


- Ô Clovisnáilton... sai logo daí!


Era a Margarida, a delícia da caixa do supermercado, querendo também entrar no banheiro. Aí fudeu tudo, gente! Como eu saio do banheiro deixando aquele bostão, que nem era meu, lá no vaso? A Margarida, lógico, iria dar uma mijadinha e, ao levantar a tampa do vaso, iria me acusar de ter feito "a obra" e deixado lá, para todo mundo ver. Mas não era minha merda! Fazer DNA do cocô para ver de quem era também não daria, já que EU estava fazendo hora no banheiro, eu estava no banheiro e toda a culpa recairia sobre a minha pessoa. Pensei, pensei e tomei a decisão: tinha que dar cabo na bosta.


Apertei a descarga: nada! A água descia, fudidamente devagar, e Margarida, com certeza, ouviu ela funcionar. A merda estava pronta, sim... agora ela iria COM TODA CERTEZA achar que eu estava cagando. A descarga então fez outra das suas: remexeu a bosta na água e subiu uma maré, mas uma maré fedida pra caráio... quase vomitei novamente. Fechei a tampa, para melhorar até visualmente falando. E dá-lhe descarga, e dá-lhe água descendo no vaso... e eu esperando, ansiosamente, que levasse o bostão.


- Gente, vocês tem certeza que é o Clóvis que tá no banheiro?
- É ele mesmo, Margarida...
- [blam blam blam] Tá morrendo aí, gatinho?


Gatinho! Margarida me chamou de gatinho! Sabe quanto tempo eu esperava por aquilo? Uma eternidade. Gatinho hoje, amorzinho amanhã, gostosão quem sabe num próximo fim de semana. Realmente, me senti o maior gatinho... gatinho na caixa de areia. E a bosta? Abri a tampa e senti o pavor tomar conta do meu ser: a bosta havia quebrado em duas... e as duas boiavam na água! Deu vontade de chorar, gente! Margarida batendo na porta, a descarga funcionando à plena carga e o problema agora em dobro.


Me passou pela cabeça quem poderia ter feito aquela bosta, de grosso calibre! Era um senhor cocô, com toda a certeza. Eu, por exemplo, nunca havia feito um tolosco tão grande quanto aquele, nunca! Seria o Tãozinho? Ou o próprio Seu Barbosa? Quem mais poderia ser. Iria observar se todos estavam sentados normalmente, assim que livrasse daquela bosta! Bosta que nem minha era, minha gente... nem minha era!


- Clóoovis, tá passando mal?


Aí Margarida já estava rindo. Passei de gatinho para palhaço em menos de 5 minutos. CINCO MINUTOS e a bosta não descia. Abri a tampa do vaso, quase chorando, para quase ter um infarto: a água já estava quase caindo do sanitário, gente! GEEEENTE, estava quase tranbordando! Eu olhei aquele mundaréu de água e só vi um pedaço da bosta... o outro devia ter agarrado lá dentro, obstruindo a passagem da água. E a água já estava caindo... meu Deus, puxei o pino, desesperado agora para parar de descer água e nada... cada vez mais água descia para o vaso e já estava na linha, gente, tava na linha do assento! 


Tava fudido agora! Iria molhar o chão do banheiro de água de bosta. Margarida iria entrar no banheiro e ver o estrago que fiz (ou melhor, que não fiz, não era a minha bosta...) e nunca mais teria nenhuma chance com ela. NUNCA! Ela iria olhar para mim e lembrar que eu cago um tolosco, que cago para entupir o vaso, que tenho um calibre de cú (pra fazer uma obra daquela) de canhão e, se algum dia ela pensou em ir comigo para um motel... 


Nisso, parece que a bosta que entalou desentalou. E depois disso, toda a água e o bostão sobrevivente, desceu o vaso numa velocidade espantosa, como naqueles filmes de oceano, onde dá um redemoínho e suga o transatlântico. Salvo pelo gongo.


Lavei a mão, sequei com uma toalha e abanei para fazer vento lá no banheiro (para dissipar a maresia). Abri a porta e lá estavam Margarida, Seu Barbosa e outros, preocupado porque não atendi. Só que eu fui esperto: coloquei o fone de ouvido, fi... despistei legal!


- Ê, Clovisnáilton... cagando, hein?
- Ah, foi a descarga que disparou... tem que chamar o Bochechinha para arrumar, viu?

1 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkk eu ri muito véi !

Postar um comentário