Pela instalação de bancos sem encosto nos degraus dos ônibus da região metropolitana!!
O que não é proibido, é permitido!
Cresci ouvindo essa frase do meu pai e de alguns amigos quando adolescente. Sempre pensava: se eu fizer isso, será que estou sujeito à repreensão do Estado? Então, antes de fazer, pesquisava se era proibido. Se fosse, não fazia.
E se não fosse?
Ahhh... aí entrava o bom e velho BOM SENSO.
Não é proibido, mas se eu fizer isso não vai pegar bem...
Algum tempo atrás existiam, nos coletivos, duas plaquinhas básicas: é proibido conversar com o motorista ou converse com o motorista somente o necessário e outra com os dizeres: é proibido sentar nas escadas.
Estas duas placas há tempos não vejo nos ônibus. Conversar com o motorista é normal. Frequentemente, na minha linha, vejo os motoristas trocando altas cantadas com algumas de suas futuras esposas ou namoradas, num chamego, num love-love matinal de dar gosto. As futuras pretendentes não passam, não rodam a roleta: ficam ali, na escada da porta de entrada, no mais puro "te amo, motorista" que se pode imaginar.
É de dar gosto, viu?
E não mais importante e importunante são as pessoas que se apropriam da escada com seus buzanfãs para curtir o trajeto do ônibus.
Antes que me apedrejem, eu não tenho NADA CONTRA uma pessoa, cansada de tanto trabalhar durante o dia e que entra num coletivo sem nenhuma cadeira disponível, se valha daquele degrau para descansar as pernas. Só acho que deva existir um BOM SENSO no sentido de:
1) quando o ônibus parar para desembarcar passageiros, aquele que está sentado na escada levante e deixe a pessoa desembarcar
2) quando tiver uma cadeira vaga, aquela que está sentada na escada pode se levantar e assentar no lugar apropriado.
Ontem à noite, para descer do meu ônibus, tive quase que PULAR duas pessoas que estavam sentadas na escada e que não se levantaram para que eu tivesse acesso à rua e, pior, nem se espremeram para que tivesse um lugar onde eu passasse entre as duas.
Pensei: "bem que meu tênis poderia estar bem sujo, ou que eu tivesse pisado numa bosta de cachorro para eu passar esfregando o pé nestas duas..."
E hoje, pela manhã, vindo para o Supermercado do Seu Barbosa num ônibus VAZIO (na metade do caminho, não sei porque cargas d'água, metade do povo descer e tinham várias cadeiras vazias), uma moça, nos autos dos seus 30 anos, com sobrepeso evidente, se posicionou na escada e na escada foi a viagem inteira. Atrás dela, poltronas vazias. À sua frente, a porta e o celular, que tocava música (evidentemente pelo uso do fone de ouvido) e que passava imagens do Facebook da dita-cuja. Pensei: "é preguiça de levantar!"
Preguiça aliada à falta de bom senso!
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