O sonho do sonho do sonho... (ou a arte de escrever nada com nada)

segunda-feira, outubro 10, 2016 Clovisnáilton

belle muyEsta noite eu tive um sonho dentro de um sonho em que estava sonhando.

Não sei ao certo o motivo de dormir mal, se fora a janta (ou a sobra do almoço) ou até mesmo a preocupação com as dívidas, a conta do celular, da energia elétrica, da TV à cabo e da loja de magazine, mas algo não caiu bem nesta madrugada de domingo para segunda.

Não havia conferido a Mega-Sena, nem a Lotofácil. Deixei para conferir hoje, horário normal de trabalho, com o fim da greve dos bancários. Sim, pensei nisso, confesso, se tivesse acertado os números, sairia correndo para sacar aquela quantia que me pertencia.

Mas deitei, não pensando nisso, explicitamente. Deitei pensando no dia do amanhã, na correria, no ônibus lotado, das exigências do Seu Barbosa e no carregamento de arroz que iria chegar. Pensei também no curso de operador de empilhadeira, que preciso fazer urgentemente, porque é capaz de vagar um lugar lá no supermercado e eu quero dar um salto na minha vida profissional!

Contudo, rolei na cama, insone, logo após o sonho. Nele, me via correndo atrás de algo, alguma coisa não muito palpável. Vi muito luxo, vi muita beleza, vi muito de tudo um pouco. Não ficou muito claro se era dia ou noite, mas no sonho relutava em obedecer ordens (de quem?) e me revoltava contra o mundo.

Não sei se era rico ou pobre, se feliz ou o mais triste dos mortais; não sabia se estava sozinho ou acompanhado, não sabia se odiava ou amava incansavelmente. Acordei e me vi sonhando novamente, desta vez com abstrações, catálises entre o amor e o vício, jogos e alegria... e me via neste sonho.

Acordei e tentava voltar a dormir. A noite passava diante meus olhos, uma, duas, três da madrugada. Olhei o despertador pela última vez, eram 4:20 AM, horário inverso dos maconheiros (não que eles estariam dormindo aquela hora) e foi a última coisa que me lembro.

Acordei moído. Banho, café, marmita, ponto de ônibus, fila, pés doendo, congestionamento, centro, outro ônibus, supermercado. Cheguei.

Conferi os jogos... acumulou. O outro, não acertei nem onze.

Vida que segue... com sono.

PS.: a morena em cima é só para dar charme!

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