[filmes] Em algum lugar no passado

quinta-feira, setembro 15, 2016 Clovisnáilton



Resultado de imagem para em algum lugar do passadoResultado de imagem para em algum lugar do passado
Título: EM ALGUM LUGAR DO PASSADO
Título Original: Somewhere in Time
Ano de Lançamento: 1980

Sinopse: Universidade de Millfield, maio de 1972. Richard Collier (Christopher Reeve) é um jovem teatrólogo que conhece na noite de estréia de sua primeira peça, uma senhora idosa, que lhe dá um antigo relógio de bolso enquanto, em tom de súplica, lhe diz: "volte para mim". Ela então se retira sem dizer mais nada, deixando Richard intrigado enquanto volta para seu quarto no Grand Hotel. Chicago, agora em 1980: Richard não consegue terminar sua nova peça e, assim, decide viajar sem destino certo e resolve se hospedar, justamente, no Grand Hotel. Lá resolve visitar o Salão Histórico, que está repleto de antiguidades e curiosidades do hotel, e fica encantado com a fotografia de uma bela mulher. Como não havia plaqueta de identificação, Richard procura Arthur Biehl (Bill Ervin), um antigo funcionário do hotel, que diz para Richard que o nome da mulher na fotografia era Elise McKenna (Jane Seymour), uma atriz famosa que fez uma peça no teatro do hotel em 1912. Collier fica tão obcecado com o rosto de Elise que decide então, não partir e vai até uma biblioteca próxima, onde pesquisa sobre McKenna. Para sua surpresa, descobre que Elise é a mesma mulher que lhe deu o relógio, que ele carrega até hoje. Richard então procura Laura Roberts (Teresa Wright), que escreveu o artigo sobre Elise. Inicialmente ela não o recebe bem mas, quando ele mostra o relógio, Laura fica espantada, pois era um objeto de estimação que ela nunca se separava e sumiu na noite em que ela morreu, ou seja, justamente na noite em que falou com Richard. Ao conversar mais calmamente com Laura, Richard toma consciência que ele e Elise tinham vários fatores em comum, mas parece que para achar a peça que falta deste intrincado quebra-cabeças, ele teria que ir à algum lugar do passado, mas para isso, precisava se desligar totalmente do presente.


Gente, eu, o dia que ganhar na Mega-Sena, vou montar uma sala de cinema na minha casa, tipo estas que a gente vê, vez em quando, numas luxuosas casas (mansões) para que o dono e seus convidados possam, calmamente, usufruir de uma bela tarde de pipoca e refrigerante, vendo um ótimo filme.

Quando isso acontecer, uma das primeiras "obras de arte" que verei, seguramente, será este filme que, ontem, ainda pobre, assisti pela segunda vez. A primeira foi quando eu era moleque, passou num sábado no Supercine da Globo... e eu chorei! 

Foi por volta de 1985 que assisti O Exterminador do Futuro, pessoas voltando ao passado para matar, alterar o presente, bombas, Arnol Schwarzenegger metendo o ferro e nós, jovens, começamos a ter aquele conceito de "seria possível voltar no tempo?" que permeou nossas leituras de gibis da Marvel e DC Comics por anos à fio.

Aí, despretensiosamente, assisti ao filme Em Algum Lugar no Passado, antítese de Exterminador, em sua mais completa forma. O "superman" volta, para por amor! O "superman" acha sua "louis", em 1912, e com ela tem a mais tenra noite de amor para, no outro dia, jovens rindo e se prometendo mutuamente, ele acha no bolso da sua roupa uma moeda de 1979 e o sonho se desfaz.

No filme não existe máquina do tempo, não existe poção química ou mágica para se regressar, mas tão simplesmente no poder da mente. Tá bom, inconcebível para nós é a própria viagem no tempo mas em termos de ficção, está aí The Flash, ótima série da DC e atualmente na 3a temporada em que Wally vai e volta, muda, acerta e faz o diabo com o tempo. Mais ou menos, né?

Mas o nosso eterno "superman", depois de consultar um professor, que inclusive deu aula para ele na faculdade (McKenna tinha um livro dele sobre voltar ao passado; ele então vai procurá-lo), consegue as informações necessárias para voltar ao tempo. Detalhe: na conversa, o professor disse ainda que ficou muito cansado pela experiência e que, se tivesse tentado voltar novamente, provavelmente iria falecer).

Temos aqui uma informação crucial: McKenna, uma senhora idosa, com a sabedoria adquirida do livro do tal professor, também não poderia ter voltado ao tempo? Se analisarmos bem, a McKenna poderia ter se personificado na McKenna de 1912 em duas ocasiões: a primeira quando vi Richard pela primeira vez ("é você?) e na segunda diante da platéia do teatro, onde confessa seu amor ao nosso eterno "superman".

Outra coisa: McKenna, com certeza, acompanhou a vida de Richard desde o seu nascimento ou da sua juventude, mas logicamente isso não apareceu no filme. A idosa McKenna não descobriu Richard somente no dia da inauguração da sua peça, com certeza não. Isso deve ter doído na alma de Elise, ver seu amado crescendo jovem e saudável, enquanto ela corria em direção oposta. E tudo culmina na noite de sua morte, na entrega do relógio ao Richard e na frase: "volte para mim". Já pensou nisso?

E no final das contas, a separação; ela amargou anos de sofrimento pela perda do amor (1912-1972), ou seja, 60 longos anos até sua morte; ele, ao voltar no tempo e retornar ao presente, uma semana!

Que filme sensacional...

0 comentários:

Postar um comentário