Hoje estou sem dinheiro. O que fazer?

quinta-feira, maio 28, 2015 Clovisnáilton

Por Clovisnáilton


Sabe aqueles dias em que você torce para acabar logo? Hoje, para mim, é um dia deste! Agora faltam 15 minutos para as dez da manhã, ainda faltam três dias para o mês terminar e começar os cinco longos dias úteis para a mixaria do meu salário bater na minha conta, e eu encontro-me com reles, míseros, parcas moedas de centavos no bolso da minha calça.

Não culpo ninguém pela minha situação financeira, muito pelo contrário. Sou grato à vida por me ensinar a trabalhar desde cedo, a ter minhas responsabilidades, a ter meus estudos, mas fico, vez em quando, olhando para o passado e tentando entender, ou vislumbrar, algum momento em que as coisas poderiam terem sido um pouco diferentes. 

Sabe aquela sensação de que, se em determinado momento, você tivesse agido de tal forma, poderia ter conseguido ou vivenciado uma nova vida? Aquele curso de informática na década de 80, aquela entrevista de emprego que você foi muito mal e não conseguiu a vaga, aquela conversa que você não teve com a bela moça que sentou ao seu lado no banco do ônibus para Marataízes.

Nossa vida é feita de escolhas. Escolhemos a todo instante, a todo momento. Determinado futuro irá se desembolar se, agora, você fizer a melhor ou a pior escolha para o seu presente. O seu presente, juntamente com suas escolhas, vão determinar o seu futuro. O que passou, passou - é a velha máxima, a velha verdade - e não adianta chorar pelo leite derramado.

Mas em vez em quando a gente olha para o leite se esvaindo pelo chão. Pensa "eu poderia ter segurado o copo com mais firmeza" e o líquido branco se mistura à terra, ficando impróprio, perdido. Nossa vida, nossas más escolhas são como este leite que caiu na terra... se perde. Precisamos ter força de vontade para pegar outro copo, outro litro de leite e, com destreza, manobrar o ato das duas mãos, colocar o líquido no copo e beber, sem derramar nenhuma gota.

A vida, ao mesmo tempo que dá, te dá oportunidade para consertar. Só não é possível consertar a morte, esta não! Mas, de resto, tudo é possível.

Aquela má escolha feita há alguns anos, que repercutiram no tempo, num futuro você pode revê-la. Pode-se pedir desculpas, pode-se redimir, pode-se, quem sabe, tentar de novo ou, até mesmo, recomeçar.

Recomeçar. Esta é, quem sabe, a mais difícil coisa a se fazer, a se pôr em prática. Deixar o que aconteceu no passado, pegar, pontualmente, o que foi bom e ruim, armazenar no fundo do coração e da mente, e dar um novo start! na vida. Empregos, concursos, metas, relacionamentos, tudo dá para recomeçar. 

Tempos atrás eu fiz várias, várias escolhas, umas que deram certo, outras que deram certo demais, outras que foram maravilhosas e, infelizmente, outras que não foram tão boas assim. Com o passar dos anos, as que não foram tão boas assim deram frutos, bons frutos. As escolhas que foram boas foram se deteriorando, foram se desgastando, foram se consumindo pelo tempo e, hoje, reavalio se aquilo foi bom mesmo pra mim. Não dá para mudar o passado, mas dá para se fazer mudar o presente e, possivelmente, melhorar (ou piorar) o futuro.

E onde entra a sorte nisso? 

A sorte sempre me acompanhou nesta minha vida, seja pessoal, seja profissional. Sorte é uma coisa subjetiva, a gente sabe. O que é sorte para mim, pode não ser para você, seu colega aí do lado, seu chefe ou quem acabou de ser assaltado. Aliás, a sorte também é intrinsecamente ligado à escolha: uma escolha aqui, sorte ou falta de sorte. É o rodar do mundo, é o girar da roleta, é o que não sabemos vindo se materializar.

Quem sabe, no próximo concurso da Mega-Sena...

Hoje estou duro. Não sei amanhã...

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