Polícia apura furto de suposto bilhete premiado da Mega-Sena em família

terça-feira, dezembro 17, 2013 Clovisnáilton

Homem alega que irmão levou papel com dezenas sorteadas, diz delegado.
Caixa confirma que dinheiro já foi sacado por vencedor de Ribeirão Preto.


Um homem de 40 anos de Ribeirão Preto (SP) registrou queixa na Polícia Civil alegando que o próprio irmão furtou dele um suposto bilhete premiado de R$ 7,8 milhões da Mega-Sena. A suspeita foi levantada dois meses depois do sorteio que teve um ganhador do município e outro de Guarulhos (SP). A Polícia Civil instaurou inquérito após registro de um termo circunstanciado por extravio e alega que não existem provas que confirmem o crime. O advogado de defesa do rapaz denunciado por furto nega as alegações e afirma que seu cliente está sendo ameaçado pelo autor da denúncia. A Caixa Econômica Federal informou que o dinheiro já foi sacado pelo ganhador de Ribeirão Preto, mas por medida de segurança não revela sua identidade.

A história chegou ao conhecimento da Polícia Civil depois que o homem de 40 anos registrou, no dia 4 de novembro, um termo circunstanciado no 6º Distrito Policial de Ribeirão comunicando que o suposto bilhete premiado tinha sido extraviado. Dias depois, segundo o delegado Samuel Zanferdini, o rapaz informou que o próprio irmão teria levado o documento de dentro de sua casa. “Houve certa demora. O sorteio foi em 14 de setembro, a vítima nos procurou no começo de novembro e inicialmente havia uma notícia de que o bilhete havia sido extraviado. Posteriormente, essa mesma pessoa volta à delegacia alegando que suspeitava de um furto, inclusive por parte de um parente dela. Que esse bilhete estaria no seu quarto e que não havia como ter desaparecido”, afirmou o delegado.
Delegado investiga furto de suposto bilhete
premiado em família (Foto: Ronaldo Oliveira/ EPTV)



Além de recorrer à polícia, o homem que se diz ganhador da Mega Sena moveu uma ação civil na Justiça Federal Especial contra a Caixa Econômica Federal para tentar bloquear o saque, mas teve o pedido recusado. A solicitação foi reencaminhada para a Justiça Federal Comum e ainda aguarda avaliação.

Diante das informações apresentadas pelo acusador, Zanferdini instaurou um inquérito e solicitou à Caixa informações sobre os ganhadores e sobre os saques realizados. Caso não obtenha essas informações, ele tentará descobrir em que casa lotérica foi feito o jogo e obter imagens do local para descobrir se o denunciante – que não dispõe de cópia do bilhete - de fato fez a aposta. “Não tive resposta formal da Caixa, mas se o ganhador já apareceu e sacou o prêmio vamos tomar outra linha de investigação. Vamos oficiar novamente a Caixa, solicitando as informações do dia, horário e em que lotérica foi feito esse jogo. Vamos tentar buscar tudo que comprove quem é realmente o verdadeiro ganhador desse prêmio.”

Ele não descarta a possibilidade de tentativa de golpe. Segundo ele, o inquérito deve ser concluído ainda este mês. “Focamos no crime que chega ao nosso conhecimento que seria furto, mas durante as investigações temos que trabalhar com todas as hipóteses. Se ficar comprovado que alguém está tentando aplicar qualquer tipo de golpe obviamente que essa pessoa será devidamente responsabilizada”, disse.

Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal informou que o vencedor de Ribeirão Preto (SP) no sorteio retirou seu prêmio em 20 de setembro e que, por questão de segurança, não revela quem foi, nem em qual agência foi feito o saque.

Advogado de defesa
Advogado de defesa do rapaz acusado de levar o suposto bilhete da Mega Sena, Daniel Rondi nega as acusações e enfatiza que não existe nenhuma prova que incrimine seu cliente. Segundo ele, o rapaz acusado não tem nenhum bilhete premiado e não fez nenhum saque. “A gente até acha triste, mas estranha essa história toda. Meu cliente é completamente inocente, não tem nada a ver com esse fato. (...) A gente acha que essa pessoa que está acusando, não obstante seja um irmão desse suposto acusado, deve estar com algum problema psicológico”, afirmou.

Ele informou também que o acusado registrou boletim de ocorrência alegando que sofreu ameaças por parte do acusador. “Vamos tomar quaisquer medidas contra esse tipo de ilegalidade.”

Fonte: G1

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