Sonho: a Lotofácil e o fim do mundo!!!!
... estava no supermercado do Seu Barbosa, trabalhando normalmente. Havia mais duas cargas para descarregar no depósito quando Tãozinho, com um rádio na mão, falou que a estação que ele ouvia sua rádio evangélica deu um anúncio que algo estava acontecendo, tipo o fim do mundo. Não prestei atenção, lógico, pois para este pessoal, fim do mundo é uma coisa corriqueira, tipo uma oportunidade a mais para se fazer uma fogueira santa e limpar os fiéis. Passado algum tempo, hora de ir embora, bati meu ponto, fui pegar o ônibus, desci no centro e entrei numa casa lotérica. Fiz meu jogo da Lotofácil e fui pra casa. No outro dia, acordo cedo e ligo a televisão: realmente, algo não estava certo. Os âncoras estavam desesperados, falavam alguma coisa de uma catástrofe, uma doença que se espalhava pelos continentes e nos alertava para não sair de casa. Mal ouvi e estava lá, prestes a pegar meu balaio que passa no pontos exatamente às 5:15 da matina quando ouvi gritos. Uma pessoa, muito machucada, estava correndo atrás da Dona Jacigara, uma mulher feia pra cacete e muito gorda que mora num beco lá na Vila. Achei que era tarado, mas não... era um MORTO VIVO.
Que desespero, minha gente! O zumbi mastigou um pedaço da Dona Jacigara, saiu aquela sangueira danada e vieram outros para devorar aquelas arrobas. E eu lá, observando incrédulo! Quando Jacigara, já bastante comida se levantou com aqueles olhos de morto e faltando 50% da sua massa corporal e veio em minha direção, passei mal. Passei mal porque os zumbis não comeram a perereca dela, peludaça, uma coisa de outro mundo! Sabe quando uma perereca é mal cuidada? Era a da Dona Jecigara! Que nojo! E ainda por cima, os zumbis comeram um pedaço do pescoço da mulher e o sangue escorria em cima dos pelos pubianos, que eram muitos, muitos mesmos! Saí correndo dali o mais rápido possível e só fui parar na casa do Tãozinho, meu amigo! Lá bati a porta inúmeras vezes e, por fim, dei um pontapé nela, que veio abaixo. Lá, embaixo da cama, meu amigo se agarrava na Bíblia e orava em línguas, desesperado pelo fim do mundo! Puxei ele lá de baixo, dei-lhe uns tapas na cara e disse: "Tãozinho, meu amigo... o mundo tá indo pro saco! Vamos fugir, caralho!"
Tãozinho, que não é bobo nada, topou. Corremos até em casa, peguei a chave do meu fusca, o Pelomenos, e tentei dar a partida! Nada! Era a bobina que estava com defeito. Era só segurar, dar a partida que funcionava o carro. Falei pro Tãozinho quebrar esta, e ele foi. Bati na chave e o fusca pegou. Acelerei, ainda parado, para evitar que o motor morresse. Foi aí que o Tãozinho abriu a porta do Pelomenos... mas ele já havia sido zumbificado por Dona Jacigara! Que coisa horrível meu amigo ser transformado num zumbi! E pior, justo pela Dona Jecigara! Acelerei o Pelomenos a 50 km/h, só na primeira marcha, e saí correndo da Vila. O que vi nestes poucos quilômetros foi muitos zumbis comendo gente e muita gente correndo dos zumbis. Tinha que ir para um local seguro e só pensei em um lugar onde poderia me esconder e ainda, ter comida para muitos dias: o Supermercado do Seu Barbosa! Parei o carro na vaga dele, entrei, fechei a porta e não tinha ninguém lá! Era eu e o Supermercado, só! Olhei para o chão e vi o jornal do dia! Abri! Como sempre fazia, fui direto na sessão dos números da loteria e lá estava o resultado da LOTOFÁCIL de ontem! Tirei meu jogo da carteira e fui conferindo: primeiro número, segundo, terceiro, quarto... tudo estava batendo. Quinto número também acertei, o sexto, sétimo, oitavo número... e meu coração deu uma disparada! Acertei também o nono número, o décimo e o décimo primeiro: pronto, pelo menos R$ 2,50 eu iria levar! Foi aí que comecei a suar... acertei também o décimo segundo, o décimo terceiro, o décimo quarto e, finalmente, acertei o 25, o último número!!!!! Sim, minha gente... eu acertei os 15 números da LOTOFÁCIL! Olhei também os ganhadores... e tinha sido só uma aposta a vencedora!
Peguei o bilhete premiado com a mão direita, abri o portão do Supermercado e gritei: GANHEEEEI, PORRA!! GANHEI NA LOTOFÁCIL DA INDEPENDÊNCIA...
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