Explicações da CEF não convencem Garotinho
Jornal O Diario | Política | Explicações da CEF não convencem Garotinho:
O deputado federal Anthony Garotinho (PR) afirmou não estar convencido e que ainda há muita coisa a ser apurada sobre a denúncia de lavagem de dinheiro nas casas lotéricas administradas pela Caixa Econômica Federal (CEF) feita pelo parlamentar no dia 24 de abril, no plenário da Câmara dos Deputados. Mesmo após reunião na terça-feira com a gerente nacional de Relacionamento Parlamentar da CEF, Jozelita Sandra Pigatto Lenza, e o superintendente nacional de Loterias da CEF, Gilson César Pereira, o deputado disse que continuará recolhendo assinaturas para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e que enviará à CEF um requerimento de informações.
No encontro, em Brasília, segundo Garotinho, o superintendente da CEF teria afirmado que o fato de um apostador ganhar centenas de vezes na loteria poderia ser uma questão de sorte ou de que tenha comprado vários bilhetes, o que segundo Gilson, não é considerado ilícito. Ambos representantes da CEF disseram que a instituição colaborará com as investigações. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da CEF não respondeu ao e-mail enviado solicitando um posicionamento em relação às denúncias.
Garotinho ressaltou que intensificará o trabalho junto aos parlamentares para conseguir o número necessário de assinaturas para instalação da CPI, ou seja, 171, porque "o povo quer uma resposta" e merece respeito. "São milhões de brasileiros que apostam honestamente semanalmente. Isso não estaria ocorrendo se não houvesse coisa errada dentro da própria instituição. A probabilidade de uma pessoa ganhar é de uma vez em 400 anos. Se o fato de um cidadão ganhar 500 vezes não for fraude, ele é muito abençoado", ironizou o deputado.
Apostador premiado 107 vezes no mesmo dia
Durante sessão na Câmara dos Deputados, no último dia 24, Garotinho defendeu a instalação de uma CPI para investigar a lisura das loterias administradas pela CEF, após apresentar denúncias de lavagem de dinheiro. Considerando o assunto como muito grave e sério, por se tratar de loterias federais, o parlamentar, com base em dados da própria CEF, apresentou casos de pessoas que teriam ganhado centenas de vezes na loteria.
Na ocasião, ele citou como caso mais grave, uma pessoa ter sido premiada 107 vezes no mesmo dia em sete modalidades da loteria em vários estados da federação. "Isso não é apenas manipulação de jogo, mas lavagem de dinheiro. O dinheiro entra sujo na CEF e é devolvido limpo para quem ganha de forma ilícita", afirmou Garotinho.
Identificação - Segundo o deputado republicano, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já teria identificado 75 pessoas que estariam envolvidas em situações irregulares de ganhos suspeitos junto à CEF e que os valores chegariam a R$ 36 milhões. Na sessão, Garotinho lembrou de casos de parlamentares envolvidos em lavagem de dinheiro através das loterias, mas preferiu não mencionar os nomes deles.
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O deputado federal Anthony Garotinho (PR) afirmou não estar convencido e que ainda há muita coisa a ser apurada sobre a denúncia de lavagem de dinheiro nas casas lotéricas administradas pela Caixa Econômica Federal (CEF) feita pelo parlamentar no dia 24 de abril, no plenário da Câmara dos Deputados. Mesmo após reunião na terça-feira com a gerente nacional de Relacionamento Parlamentar da CEF, Jozelita Sandra Pigatto Lenza, e o superintendente nacional de Loterias da CEF, Gilson César Pereira, o deputado disse que continuará recolhendo assinaturas para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e que enviará à CEF um requerimento de informações.
No encontro, em Brasília, segundo Garotinho, o superintendente da CEF teria afirmado que o fato de um apostador ganhar centenas de vezes na loteria poderia ser uma questão de sorte ou de que tenha comprado vários bilhetes, o que segundo Gilson, não é considerado ilícito. Ambos representantes da CEF disseram que a instituição colaborará com as investigações. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da CEF não respondeu ao e-mail enviado solicitando um posicionamento em relação às denúncias.
Garotinho ressaltou que intensificará o trabalho junto aos parlamentares para conseguir o número necessário de assinaturas para instalação da CPI, ou seja, 171, porque "o povo quer uma resposta" e merece respeito. "São milhões de brasileiros que apostam honestamente semanalmente. Isso não estaria ocorrendo se não houvesse coisa errada dentro da própria instituição. A probabilidade de uma pessoa ganhar é de uma vez em 400 anos. Se o fato de um cidadão ganhar 500 vezes não for fraude, ele é muito abençoado", ironizou o deputado.
Apostador premiado 107 vezes no mesmo dia
Durante sessão na Câmara dos Deputados, no último dia 24, Garotinho defendeu a instalação de uma CPI para investigar a lisura das loterias administradas pela CEF, após apresentar denúncias de lavagem de dinheiro. Considerando o assunto como muito grave e sério, por se tratar de loterias federais, o parlamentar, com base em dados da própria CEF, apresentou casos de pessoas que teriam ganhado centenas de vezes na loteria.
Na ocasião, ele citou como caso mais grave, uma pessoa ter sido premiada 107 vezes no mesmo dia em sete modalidades da loteria em vários estados da federação. "Isso não é apenas manipulação de jogo, mas lavagem de dinheiro. O dinheiro entra sujo na CEF e é devolvido limpo para quem ganha de forma ilícita", afirmou Garotinho.
Identificação - Segundo o deputado republicano, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já teria identificado 75 pessoas que estariam envolvidas em situações irregulares de ganhos suspeitos junto à CEF e que os valores chegariam a R$ 36 milhões. Na sessão, Garotinho lembrou de casos de parlamentares envolvidos em lavagem de dinheiro através das loterias, mas preferiu não mencionar os nomes deles.
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