Medicina no trabalho: hemorróidas?
Gente, minha gente... hoje de manhã, aqui no supermercado, teve um problemão danado. É que vieram os médicos do trabalho, contratados pelo Seu Barbosa, para fazer uma verificação nos funcionários (eu entre eles, lógico, porque tenho carteira assinada e tudo o mais).
O problema foi que estes médicos tiveram a orientação do Seu Barbosa para verificar se nós tínhamos problema de hemorroida também, tudo porque um dos seguranças ficou uns 8 dias afastado por conta de uma operação no rabicó. Aí você já viu, né? Lugar onde trabalha um monte de peão, mexer no cú alheio não é uma prática bastante salutar.
Entramos em fila e ficamos todos na mesma salinha, ao lado do refeitório. Chamaram o Tãozinho, meu amigo inclusive, e perguntaram para ele se ele tinha este problema. Ele foi eloquente, disse que não (do jeito dele, todo peão-da-roça) e pediram para ele ficar de quatro. Ah, mas foi um furdunço. Tãozinho é mais bruto que touro sentindo cheiro de vaca no cio. Ele arrumou um "não, dotô, que isso, dotô" que eu até assustei. Nisso olhei para o rumo da porta e vi o Seu Barbosa até agachado de tanto rir, aquele feladaputa, e tive o 'feeling' que ele tinha armado tudo isso para 'por no nosso rabo', literalmente.
Saí correndo da sala onde estávamos deixando lá o Bochechinha, que aguardava também para a consulta, e corri para a frente do computador para ver se tinha alguém, algum advogado ou um companheiro de MSN que entenda de leis, para evitar que o cú do meu amigo Tãozinho fosse 'analisado' de forma tão... repugnante, tão sem moral.
Achei a matéria no G1, imprimi e corri com ela, como se fosse um habeas corpus (depois falaram que aquela folha de A4 era um 'habeas cus') para meu amigo! Já tinham chamado os seguranças do supermercado para segurar o Tãozinho e eu gritei: "se meterem o dedo aí ou abaixarem a calça do meu amigo, vou processar todo mundo por dano moral".
Foi aí que Tãozinho gritou:
- Pô, Cróvis... tãum querênu oiá meu fiofó e ocê 'inda tá danu moral? Ocê é um fiodaputa...
É. Depois de livrar a cara do meu amigo, pois os médicos ficaram todos ressabiados, eu ainda tive que explicar pro Tãozinho o que era dano moral e tudo o mais... e ficar ouvindo o Bochechinha reclamar a tarde inteirinha que gostaria de ser o primeiro daquela fila.
Eu aguento? Neeeem...
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