Não agüento mais: ônibus
Ontem eu gastei duas horas e meia no percurso daqui do Supermercado até a minha casa.
Não sei o que aconteceu ao certo, se teve algum sinal estragado, ou se houve manifestação à favor de melhoria do salário, ou se era um ato contra a permanência no Palloci ou se foi um atropelamento em série na avenida mais movimentada da cidade, mas só sei que demorei duas horas e meia do centro da cidade até meu bairro.
Peguei o ônibus já lotado. Fiquei em pé duas horas e meia, onde intercalava o peso do corpo ora na perna direita, ora na perna esquerda. Como meu celular não tem rádio, fiquei só apreciando a janela, vendo os carros também parados ou andando vagarosamente ao lado do ônibus. O bom que eles ouviam seus sons, ou até mesmo a Voz do Brasil, mas estavam todos sentados no conforto do seu banco ou no do passageiro. Eu, em pé!
Aí você ouve conversa de uma dona, outro papo furado de um outro cara e vai tentando filtrar alguma coisa de bom... mas nada saia. Fiquei pensando na Mega-Sena de hoje e se eu tiver a sorte de ganhar este concurso. Acho que nunca mais andaria de ônibus, nunca. Pelo menos, não estes lotados, que vão nos levar para a casa depois de exausta labuta diária.
Hoje pela manhã novamente o mesmo batidão, mas desta vez gastei quase uma hora e meia no mesmo trajeto. Para ir, até que a gente agüenta com mais firmeza, já que estamos descansados; mas a volta pra casa é bem diferente, andamos no limite.
Cheguei e conferi minha Dupla-Sena: nada! Fiz dois jogos na Mega pra logo mais... estou com fé.
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