Moral e Dano Moral

quarta-feira, maio 25, 2011 Clovisnáilton

Tem gente que acha que pode humilhar outras pessoas à torto e à direito. A gente que trabalha com o público sabe que, vez ou outra, tem que aturar uns clientes sem-educação que crêem que engoliu o Rei, e este ainda não passou do seu sistema excretor. 

Esta semana eu tive que ter um saco de Jó para atender uma cliente aqui no supermercado. A gorda, digo, a senhora obesa era o mimo da falta de educação em pessoa. Era o supra-sumo da deselegância e o morango do sorvete na traquejo antissocial (agora com o novo português, viram?)

Mas a mulher fez e aconteceu, viu? Eu não vou dizer o que ouvi da boca desta senhora, mas eu me senti totalmente por baixo, totalmente me sentindo um, ou melhor, o décimo ZERO à esquerda depois da vírgula. Aí eu lembrei que tinha lido alguma coisa sobre dano moral na internet. Como não estava no horário do almoço (onde eu consigo acessar), resolvi perguntar ao Tãozinho:

- Sabe, Tãozinho... estou pensando em processar aquela cliente de hoje.
- É mermo, Cróvis?
- É... dano moral!
- Quí issu, Cróvis... a muié ti isculaxa tôdu e tu'inda dá moral? Tú tá isclêrosádu??
- Que?
- Têm qui dá moral prá xegádu, Cróvis... prá'quéla gôrda, têm qui dá moral naum...
- Tãozinho... estou falando de dano! Você sabe o que é dano, não é?
- Má é lógicu! Dânu é dânu! Tipu ansim, qui vi onti: "pêlu buracu da fichadura da pórta du depósitu, vi Margarida dânu pru assôguêru"... e dânu na moral!
- Hã?

Deixei pra lá, afinal perguntei X e ouvi Y. Mas Margarida, a caixa do supermercado com o Tonhão mão-de-onça? E fazendo bubice no depósito? E eu pensei que estava com a corda toda com ela... e ela com o Tonhão o tempo todo! 

Impressionante.

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