Fim das sacolas de plástico

sexta-feira, maio 20, 2011 Clovisnáilton

Aqui no supermercado tem uma sessão de hortifrutigranjeiros. Daí, com o fim, ou melhor, com a proibição das sacolas plásticas, estamos percebendo o retorno sabe de que? Daqueles carrinhos de feira.


Quando eu era pequeno, lá em casa tinha um destes. Eu lembro que adorava ir pilotando o carrinho de feira, para cima e pra baixo (vazio, lógico) e, na volta, Dona Cotinha, minha mãe, voltava com ele pesado. Era uma festa, sempre. Em baixo, as frutas e legumes pesados ou mais resistentes, como banana, batata, chuchu, cenoura. Na parte superior, as hortaliças, mais frágeis, e outras frutas que requerem mais cuidado, como pêra, manga, mamão e também os ovos.

Aqui no supermercado ainda não tem para vender estes carrinhos, mas como sou um cara muito ligado nas coisas, vou falar com o Seu Barbosa para avaliar se dá para gente comprar alguns e vender, por aqui mesmo. O problema é se algum cliente, espertalhão, pegar um e já sair usando... mas aí a gente coloca um sensor, que só é destravado na passagem do caixa. Aí, tudo dá-se um jeito.

Outra coisa que também está voltando, por conta do fim das sacolas plásticas, é a boa e velha sacola de nylon de feira. Lembra dela? Ô, eu lembro. Aqui na minha cidade tem um mercado, o Mercado Central. Lembro que ia, sábado de manhã, para lá fazer compras com o Seu Celcino, meu pai. Ele levava 2 sacolas desta de feira, coloridas e fortes. Lá no Mercado tinha de tudo, desde animais (hoje tem mais não), muitas barracas de frutas, de legumes, de produtos agrícolas em geral. Cada barraca tinha uma especialidade, cada barraca tinha uma história. E lá estávamos, fazendo parte daquela festa toda que era comprar na Mercado Central. Lembro que comprávamos muito era peixe. Teve uma vez que meu pai chegou num frigorífico de um conhecido dele e meu pai foi comprando peixe, foi comprando, comprando porque o preço que o amigo do meu pai fez foi muito, mas muito bom... e compramos até encher uma sacola daquelas. Nós comemos peixe uma semana inteirinha e, se não me falha a memória, foi quando entalei com uma espinha. Nossa, lembro que eu chorava, tentava cuspir, tentava de tudo quanto era jeito me livrar daquele incômodo. Dona Cotinha me fez engolir meio pote de farinha de mandioca, acredita? Olha, foi a salvação. Bons tempos aqueles... éramos, e ainda somos, de uma família bem humilde, mas muito mais do que hoje em dia, e éramos muito felizes.

O fim destas sacolas de plástico vai trazer muito benefício para a natureza, isso é certo. E, quem sabe, o uso dos carrinhos de compra e das sacolas de nylon de feira podem vir à aproximar mais a família nos finais de semana, hein?

1 comentários:

Anônimo disse...

Se fosse só as sacolas plasticas,tudo bem...mas e as embalagens de plastico?Vão acabar também?Como vamos condicionar o detergente,o alcool e tudo mais que utiliza o plastico...ora...faça-me o favor..Isso é só mais um meio de arrancar noso dinheiro..Não estão preocupados em ""limpar "" o planea...arrumem outra desculpa.Deve ter ""ALGUÉM"" sendo beneficiado com isso,e não é o povo.

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